Revista de Nossa Senhora
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Segurar e Soltar

Publicado em 25 de abril de 2014 / Reportagens >

interna2Você faz isso como seu cãozinho quando sai a passeio, faz com seu carro, faz consigo. Não há porque não fazer com os filhos. Há hora de soltar a cordinha, o anzol e os freios de mão e de pé. Há hora de frear, prender e segurar, por mais que o cãozinho queira, por mais que o peixe se debata, por mais que seu filho teime. Um dia, ele ou ela terá condições de ir aonde quer, mas agora, não. Ele ou ela reagirá dizendo que sabe, mas não sabe; que saberá se cuidar, mas não saberá. Erro dele ou dela se insistir numa liberdade para a qual não está pronta. Você não pode nem deve ceder. Conforme o caso, o juiz poderá decretar prisão para o casal omisso. Não se solta um filho despreparado para ir…

Mas será erro seu se, estando o filho ou a filha, em condições de ir, por ter idade e, mais do que idade, maturidade para ir você prender ou segurar. E é o que com muitos subterfúgios alguns casais fazem. Mães possessivas ou grudentas demais atrapalham a vida afetiva e o crescimento do seu meninão ou da sua moça. Interferem nos namoros e na liberdade. Os filhos de tais pais ou mães precisam de ajuda para libertar-se, mas tais pais ou mães precisam de ajuda para aprender a soltar sem sofrer chiliques.

Se isto ainda existe? Pois é. Numa era de tanta liberdade e de tanto individualismo há milhares de moçoilos e moçoilas de 35 s 40 anos que não conseguem nem sair do ninho, nem montar o próprio, nem amar o suficiente uma outra pessoa de qualidade, porque o aconchego doméstico virou suave jaula. Os pais não soltam e eles ou elas não querem.

Se é bom? Perguntem aos estudiosos da alma. Em geral não é!

Pe. Zezinho. SCJ, é músico e escritor. Tem aproximadamente 85 livros publicados e mais de 115 álbuns musicais. www.padrezezinhoscj.com