Revista de Nossa Senhora
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Para Meditar….

revistaViver é cantar.
E cantar é saber ouvir.
É saber baixar o tom, quando necessário,
Saber cantar junto, para que haja harmonia.
É aceitar que a vida lhe dará solos
Para que você possa brilhar,
Mas que também lhe cobrará o seu silêncio
Para apreciar o cantar do outro.
É ter consciência de que estamos num imenso coral
E que é imprescindível estar atento ao Maestro,
Para tentar evitar os inevitáveis desafinos…
É aceitar que um dia o concerto acabará
E que não depende de nós o momento de parar… 

Por isso, cante!
Cante como se fosse a última canção,
E aproveite o prazer de fazer vibrar
Cada fibra do seu corpo em beleza e arte.
Porque, sim, viver (e conviver) é arte.
Assim,
Valerá a pena todo o esforço que a arte nos cobra,
E as vaias de alguns
Certamente serão encobertas pela multidão
Que nos aplaudirá.

Fernando Clemente, MSC

Para Meditar

DEUS,

Hoje um amigo querido se foi.

Ao saber disso, choro como uma criança.
Não por achar a vida coisa tremendamente estúpida
Por nos levar quem amamos sem nos despedir.
Choro como quem chora ao final de um filme,
Ou diante da obra de arte perfeita que emociona
Choro como tu mesmo deves ter chorado
diante da beleza de tua Criação:
“E Deus viu que tudo era muito bom.”

Senhor,
Como compreender isso sem desespero?
Como entender que tudo que tem começo haverá de ter fim?
Como ler neste fato teu plano de amor?

Chamam isso de luto.
De fato, luto
Luto para que o sentimento de perda
Não seja maior que a certeza
De permanecermos unidos em Ti,
Aqui e na vida eterna.

Ah, Pai…
Dentro de mim uma voz reclama do teu silêncio.
Mas outra voz, mais insistente,
Me diz que posso chorar forte nos teus ombros
Num abraço apertado.

Enxuga-me as lágrimas, Pai.
Ergue-me a cabeça, ajuda-me a ir em frente.
Tenho certeza de que estás comigo…
És o Senhor da Vida,
Senhor que dá a vida,
Senhor que alegra a vida.
És minha primavera
E também este inverno passará.

Fernando Clemente, MSC

Para Meditar…

Jesus,
Hoje me peguei olhando distraidamente
Para a uma imagem tua.

Te representaram com o olhar sereno,
um sorriso leve
E com uma das mãos apontadas
para o coração exposto.

Estranho.
Que ideia mais esquisita
De representar alguém com o coração de fora.
Seria o escultor, cardiologista? 

Ah, essa mania de olhar a vida sem poesia… 

Só quem amou poderia entender
O que é ter o coração exposto, vulnerável,
Entregue, acessível…
Em uma palavra, aberto. 

Um coração entregue,
Que se falasse, diria:
“Aqui estou. Meu coração é teu,
Faze o que quiseres,
Ouve-o ou ignora-o.
Independentemente do que fizeres,
Ele continuará sendo teu.” 

Olho novamente a imagem
(que de ensaio de anatomia não tem nada).
Quem me dera um dia
Estar tão inteiro diante de Ti
que pudesse dizer o mesmo…

“Aqui estou, meu coração é teu.” 

Fernando Clemente, MSC

Para Meditar…

Nada mais prazeroso nesta vida
Que a conversa,
Que a boa prosa com quem se gosta.

Tanto melhor se houver uma boa notícia pra dar.
Eis o Natal.

Conversa de Deus-Conosco,
Palavra do Pai entre nós,
Boa notícia: O Amado chegou!

Veio falar da vida
Veio nos dar a vida
Veio transformar a vida.

Vida! Eis o Natal!
Olhar o rosto de Deus e ver o nosso próprio rosto
Olhá-lo e se dar conta do que Ele nos convida a ser
Conversa boa, troca de olhares
Natal…

Mais um ano.
Insistência de Deus a nos lembrar:
“Alarga teus braços do tamanho do Céu
Hoje quero nascer em ti!
Abraça-me a mim,
Abraça a minha humanidade!
Deixa-me nascer em ti!”

Fernando Clemente, MSC

Para Meditar….

Uma mulher como as outras
Sem ser como os outros.
Diferente, destacada,
como um dia quente em meio ao inverno…
um coração todo voltado para Deus,
não Deus lá longe,
mas Deus feito homem.

Um coração todo voltado para o homem,
Não o homem lá longe,
Mas o homem que é chamado a estar com Deus.

Maria, como as outras Marias,
Mas cheia de Graça.
Abrir-se à vontade do Pai,
Encher-se d’Ele,
Alargar o coração
até que caiba nele toda a humanidade.

Não deste à luz
Deste-nos à Luz.

Maria, tão igual e tão diferente,
Põe-nos com teu Filho,
Na luz de sua luz. 

Fr. Fernando Clemente, MSC

CARO LEITOR ( a ),

Quando você vai a um restaurante e pede a pasta do cardápio, com uma infinidade de iguarias, às vezes fica difícil escolher o prato que vai saciar a sua fome. Há mesmo comidas que lhe apetecem, mas que, por recomendação médica, você deve evitar.

Mal comparando, nossa revista se constitui também num ‘ménu’ variado, mas com a diferença de que o leitor-comensal poderá não apenas provar, mas saborear todos os pratos que nada lhe fará mal. Cardápio simples, mas suculento e saudável, alimentos orgânicos, sem o agrotóxico de ideologias e radicalismos em matéria de doutrina e espiritualidade.

Caro leitor (a), você já está familiarizado com os temas de nossa revista, praticamente os mesmos, mas sempre com um novo colorido. Veja, por exemplo, os comentários de Atualidade Litúrgica e as lições da página de Catequese; a coluna sobre Espiritualidade do Coração, neste número focalizando o coração ferido de Cristo, a cicatriz da nova aliança, bela metáfora do autor; leia Coragem Missionária, reflexões vigorosas do confrade Antônio Carlos Meira, nosso missionário em Portoviejo, Equador. Você vai ler também a sempre aguardada página do Padre Agenor, hoje bispo, com a simplicidade e a sabedoria de sempre; a coluna Pode Perguntar, procurando dirimir alguma dúvida sobre questões de Igreja e de fé; nosso cardápio vai lhe oferecer ainda Notícias da Igreja, o artigo do Padre Zezinho, Testemunhos dos Devotos, a Página Vocacional e o Santuário em seu Lar, um fecho de ouro para falar dela, a dona da revista, Nossa Senhora do Sagrado Coração.

Caro leitor (a ), a mesa está posta. 

Bom apetite! Boa leitura ! 

A REDAÇÃO.

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